quarta-feira, 27 de julho de 2016

OS PROBLEMAS APRESENTADOS NOS APARTAMENTOS DA VILA OLÍMPICA SÃO OS PROBLEMAS MAIS GRAVES DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO?

Desde que se começou a noticiar a respeito dos problemas apresentados nos apartamentos dos prédios da Vila Olímpica, no Rio de Janeiro, os telejornais comentam com muita freqüência este ocorrido. São queixas apresentadas por algumas delegações dos atletas estrangeiros. Destaque para a delegação australiana, que protestou com mais veemência. Diante da repercussão deste fato na mídia, muitos jornalistas se dedicaram a comentar com muitas críticas este incidente.
De fato, se deve esperar o comprometimento ético e profissional das empresas construtoras para o cumprimento dentro do prazo acordado a entrega dos prédios com os apartamentos em condições de uso para a acomodação dos hóspedes, como seu objetivo fundamental. Entretanto, a mídia jornalística tem dado um tratamento sobre esta notícia como se fosse um dos maiores problemas da cidade do Rio de Janeiro, desconsiderando as expressões das questões sociais cruciais que recaem cotidianamente sobre os habitantes desta cidade.
A cidade do Rio de Janeiro se urbanizou sem planejamento urbanístico adequado para atender as necessidades de sua população que se expandiu no decorrer do séc. XX e, que continuou neste século. E, para milhares de cidadãos lhes restaram ocupar os morros, os alagados e manguezais, ou seja, espaços marginais para construir suas moradias. E, marginais permaneceram diante dos projetos políticos de prestações de serviços públicos aos olhos do poder público, e vistas como pessoas perigosas que devem ser evitadas, aos olhos da elite carioca. Assim, esses locais marginais se tornaram propícios para o surgimento e desenvolvimento de um poder paralelo ao Estado, formado por organizações criminosas.
O poder das organizações criminosas se expandiu pela cidade de tal forma que ameaça a ordem pública e, expõe a defasagem do poder público não só da cidade do Rio de Janeiro, mas de todo um país, que por clientelismo atende às necessidades dos mais poderosos e, vira as costas aos cidadãos esquecidos nos sertões, nas pequenas cidades e nas periferias das grandes metrópoles.
Essas organizações na disputa com o poder público guerreiam de tal forma que se pode considerar a cidade do Rio de Janeiro em estado de guerra civil, por conta do alto índice de mortes de policiais, traficantes e demais membros da sociedade civil vítimas em decorrência dos conflitos armados e; outros danos causados nas vidas de milhares de pessoas. Danos psicológicos e sociais que marcam perpetuamente toda a existência de uma pessoa e de um espaço geográfico.

Mas, claro que há outras expressões das questões sociais apresentadas nesta cidade e no país, que podemos utilizar este espaço para o nosso debate.

É OU PARECE SER

A vida e suas disputas. Hoje me vi cantando uma canção de Renato Russo que diz que tudo que é demais não é o bastante, que a primeira vez é ...