Há
pouco tempo iniciou-se o novo governo executivo do Brasil, com a posse do
presidente Jair Bolsonaro, e com esse evento muitas expectativas se afloram no
imaginário coletivo do povo brasileiro. Anos antes da última eleição
presidencial, Jair Bolsonaro, ainda deputado federal, atraiu para si diversos
seguidores, como fãs e admiradores, por conta de seus discursos radicais com
tons firmes e truculentos contra movimentos sociais e políticos de partidos
ideologicamente de esquerda. Oposicionista ferrenho do governo do PT, Jair
Bolsonaro afirma que este partido e os movimentos por este apoiado afundaram o
país, colocando-o numa tremenda crise econômica e institucional, que os jornais
noticiavam cotidianamente.
Contudo,
esse governo começou a dar os primeiros passos na condução executiva da nação
e, já deixa mostras que a imagem do personagem mitológico Jair Bolsonaro, homem
íntegro e incorruptível, semideus moralizador e defensor dos bons costumes
poderá sofrer pequenas fissuras ou mesmo desabar por conta dos jornais
apresentarem ao público algumas situações e relações, no mínimo estranhas,
envolvendo pessoas ligadas ao seu governo e até seus próprios filhos nelas
envolvidas. E, se soma a isso, seus novos discursos, recheados de palavras bem
estruturadas e, de sofismos para defender interesses específicos de um grupo
social privilegiado economicamente em detrimento dos direitos sociais da grande
massa populacional, como os direitos trabalhistas, por exemplo.
Uma
atitude que não agrada nem mesmo uma parcela da classe média brasileira é o
alinhamento idolátrico de presidente Jair Bolsonaro aos EUA e a Israel. Essas
nações conhecidas internacionalmente por promover ataques bélicos e exploração das
nações menos desenvolvidas, o discurso do novo presidente sinaliza um
afrouxamento do Brasil aos interesses das nações mais ricas e poderosas. E,
mesmo falando da defesa da soberania nacional, na prática seu plano de política
internacional sinaliza submissão brasileira às nações imperialistas.
Dessa
forma, o prognóstico até o momento é o arruinamento sistemático da imagem do
personagem mitológico. Isso pode não significar a redução do poder e influência
desse governo na relação com o poder legislativo e judiciário, mas, do
desabamento da ilusão, mais uma vez criada no imaginário popular, da chegada do
messias salvador da pátria.
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